terça-feira, 24 de junho de 2008

O nó da vida...

Pudera ter força...
ter poder de escolha...
eu sou o que foi...
não quero este nó
nó que me aperta os sentidos...
lateja no fundo do meu ser
Sinto-lhe a falta
mas a dor...
tira-me o chão
queria escolher mas é parte de mim
a marca que deixou não é cicatriz
é sangue que corre em mim
é nó que não me deixa esquecer...
é um nó da vida...
nó que é parte de mim

1 comentário:

Jaime A. disse...

em nó me enlaço,
fujo, mas não.
Há um soco vão,
uma corda dura,
um arco maldito,
uma força,
uma razão louca,
em sangue jorrante!
Fúria vencida,
um quase vento,
um ciclone
(a tua mão...)
ata-me,
larga-me em espaço vazio,
em buraco,
em furo,
e enlaça-me
na doçura do quedar-se,
no borralho,
naquele borralho pulsante
onde o chão se foi,
e a cinza,
essa,
assim ficou...